quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ficha da Diciplina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: BASES TEÓRICAS DE ENFERMAGEM CIRÚRGICA
CÓDIGO: GEN029 UNIDADE ACADÊMICA: FAMED
PERÍODO/SÉRIE: QUINTO
OBRIGATÓRIA: ( X ) OPTATIVA: ( )
CARGA HORÁRIATEÓRICA TOTAL: 30
CARGA HORÁRIA PRÁTICA TOTAL: 15
CARGA HORÁRIA TOTAL DA DISCIPLINA: 45
PRÉ-REQUISITOS: Fundamentos de Enfermagem

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Objetivo Geral:
Prestar assistência de Enfermagem aos pacientes em tratamentos cirúrgicos.
Identificar e processar os diversos materiais a serem desinfetados e esterilizados no arsenal cirúrgico, hospitalar e ambulatorial utilizados para prestar assistência médica e de enfermagem aos pacientes em tratamentos ambulatorial, clínico e cirúrgico.

Objetivos Específicos:
• Compreender o efeito da ansiedade sobre o paciente e equipe cirúrgica;
• Compreender as responsabilidades éticas e legais do Enfermeiro cirúrgico;
• Descrever as funções e responsabilidades do Enfermeiro no período peri-operatório;
• Compreender a importância da função educativa do Enfermeiro junto ao paciente cirúrgico e seus familiares no período peri-operatório;
• Utilizar a metodologia da Sistematização da assistência de Enfermagem no atendimento ao paciente cirúrgico e seus familiares;
• Identificar os princípios de cicatrização da ferida operatória;
• Atuar como membro de uma equipe multiprofissional;
• Conhecer a aplicação da tecnologia em enfermagem cirúrgica.
• Realizar desinfecção, lavagem, secagem e lubrificação dos diversos materiais do arsenal cirúrgico e hospitalar;
• Identificar os materiais danificados e fazer as substituições dos mesmos;
• Encaminhar os materiais que estiverem danificados para a recuperação;
• Realizar a inspeção e seleção do material a ser empacotado para ser esterelizado;
• Promover a esterilização dos materiais de uso no bloco cirúrgico e do complexo hospitalar;
• Armazenar e distribuir o material estéril.

EMENTA DA DISCIPLINA

Introdução à enfermagem cirúrgica, Assistência de Enfermagem no período peri-operatório. Processo de desinfecção e esterilização de matérias que são utilizados no cotidiano de um ambulatório e hospital.

PROGRAMA DA DISCIPLINA

CONTEÚDO TEÓRICO/PRÁTICO
 
Unidade I
Enfermagem no Centro de Material Esterelizado:
- Histórico da Central de Material e histórico dos processos de esterilização no Brasil.
- Localização da CME dentro da estrutura física do hospital e os modelos de organização da mesma dentro da realidade brasileira.
- Área física adequada para o funcionamento de uma CME.
- Aspectos éticos e legais para o funcionamento correto de uma CME.
- Previsão de pessoal para a CME.
Unidade II
Processo de limpeza:
- Limpeza e desinfecção de artigos hospitalares através do uso de agentes químicos.
- Esterilização de artigos hospitalares através do uso de produtos químicos:
Glutaraldeído; Ácidoperacético.
Unidade III
Processo de desinfecção:
- Principais requisitos a serem observados para a realização de processos de desinfecção e Esterilização, desde a limpeza até a fase de armazenamento;
- Os diferentes tipos de embalagens para os materiais;
- Embalagens disponíveis e requisitos para sua aquisição.
Unidade IV
Processo de esterilização validação e reprocessamento:
- Processo de esterilização à vapor saturado sobre pressão;
- Validação do processo de esterilização à vapor saturado sob pressão;
- Esterilização através do calor seco-estufa;
- Validação do processo de esterilização em estufa;
- Outros processos de esterilização: Óxido de Etileno (ETO);
- Vapor de Baixa Temperatura Formoldeído (VBTF);
- Plasma de Peróxido de Hidrogênio.
Unidade V
- Validação dos processos de esterilização.
- Reprocessamento de materiais de uso único.
- Avaliação


Unidade VI
Introdução à Enfermagem Cirúrgica:
- Conceito;
- Caracterização do paciente cirúrgico;
- Classificação das cirurgias;
- Terminologia cirúrgica.
Unidade II
Sistematização da assistência de Enfermagem no período peri-operatório:
- O período pré-operatório: histórico de Enfermagem, exame físico, educação do paciente e prescrição de Enfermagem;
- O período pós-operatório: admissão do paciente na unidade clínica, recuperação e planejamento da alta;
- A ferida operatória: curativo, retirada de pontos e cuidados;
- Dor pós-operatória: avaliação e classificação.
- O paciente com sondas e drenos.
- O paciente submetido a cirurgias ambulatoriais.
- Avaliação final
PRÁTICA
- O aluno irá prestar assistência individualizada ao paciente nos períodos per-trans-pósoperatório.
- O aluno desenvolverá todo o processo de recepção, desinfecção, lavagem. Lubrificação, secagem, inspeção, seleção, empacotamento, identificação, esterilização, controle, armazenagem e distribuição. Divide-se em três etapas: na área de expurgo, montagem e esterelização e distribuição.

BIBLIOGRAFIA

Bibliografia Básica:
BASSO, M., et. al. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2004.
MEEKER, M. H.; ROTHROCK, J. C. Cuidados de Enfermagem ao paciente cirúrgico. 10 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1997. (Alexander)
MOURA, M. P. A. Enfermagem no Centro Cirúrgico e recuperação pós anestésica. 4 ed. São Paulo. SENAC. 1999.
MOURA, M.P. A. Enfermagem em Centro de material e esterelização. 3 ed. São Paulo SENAC, 1999.
PADOVEZE, M.C., Del Monte M.C.C. Esterilização de artigos em unidades de saúde 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2003.
SMELTZER, S. C. BARE, B. G. – BRUNNER & SUDDARTH – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 6.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1999.

SOBECC, Práticas recomendadas – Centro cirúrgico, Recuperação anestésica, Centro de material esterilizado – São Paulo 2005 3 ed. rev.
Bibliografia Complementar:
ALGOWER, M. BEVILAQUIA, R. G. Manual de Cirúrgia. São Paulo, EPU, Springer, 1991.
STOCHERO, O. Enfermagem em Centro Cirúrgico Ambulatorial. Rio de Janeiro: MEDSI: Guanabara Koogan, 2005.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cirurgia Segura

 A Cirurgia Segura é uma campanha da OMS e da Joint Commission International que trata de itens fundamentais para garantir os procedimentos básicos e de grande impacto para realização segura de um procedimento cirúrgico, tanto para a equipe executora quanto para o pacientede. Os ítens abordados são: procedimento correto, identificação do sítio cirúrgico, administração do antibiótico correto e na hora certa; e adesão a profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso).
Estudo realizado por Atul Gawande, cirurgião e consultor da OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2008, publicado no livro “The Checklist Manifesto” mostra a importância da adoção dessas ferramentas para elevar o nível de segurança do paciente. A pesquisa foi realizada em grandes centros como Estados Unidos, Inglaterra, Índia, Nova Zelândia e Iraque. Com o uso do Checklist Cirúrgico foram percebidos benefícios surpreendentes:
  • 36% de redução nas complicações cirúrgicas;
  • 47% de redução da mortalidade;
  • 50% de redução em infecções;
  • 25% de redução no número de re-operações por sangramento ou complicações técnicas.
Checklist Cirúrgico


Itens de verificação Pré-operatória: O paciente só poderá ser encaminhado ao Centro Cirúrgico após ter seus itens de segurança checados. Os dados estão nos impressos institucionais do prontuário – entre eles, o Algoritmo de Profilaxia de Tromboembolismo Venoso (TEV). Também deve ser demarcado o sítio cirúrgico e o consentimento informado com lateralidade, além da presença de exames complementares.
Check in: Ao entrar no Centro Cirúrgico, a equipe de enfermagem deve checar os dados de identificação do paciente, os impressos institucionais do prontuário já preenchidos e a demarcação do sítio cirúrgico, se for o caso.
Time out: A equipe de enfermagem, já na sala cirúrgica e na presença do cirurgião e do anestesista, deve fazer em voz alta a conferência de todos os itens de identificação do paciente, assim como do procedimento a ser feito. É citada a parte do corpo a ser operada e a disponibilidade de exames e equipamentos necessários. Há também a apresentação de todos os membros da equipe, a verificação da profilaxia antimicrobiana e a discussão de tempos críticos do procedimento. Importante: a cirurgia só deve ser iniciada após essa conferência, com liberação pela enfermeira da sala.
Check out: Após a finalização da cirurgia, a equipe de enfermagem faz a contagem de compressas, identifica peças para a anatomia patológica, soros e infusões. Também recomenda, por escrito, cuidados para o encaminhamento do paciente à Recuperação Anestésica ou Unidade Intensiva. Caso algum dado checado não esteja contemplado, o processo deve parar e o paciente ficará em sala até a regularização da situação.
Perceba que são necessários vários profissionais trabalhando em consonância para que a segurança do paciente seja assegurada. O trabalho em equipe é fundamental. Participe e colabore!


Boas Vindas


Olá pessoal, sejam bem vindos ao blog da disciplina Bases Teóricas de Enfermagem Cirúrgica. Este blog foi criado para nos auxiliar no andamento da disciplina, modernizar e até tornar mais prazeroso o desenvolvimento de nossas atividades. Por meio deste, poderemos otimizar nossas tarefas e facilitar nossa comunicação, já que será possível disponibilizar material para estudos, publicar atividades a serem desenvolvidas extraclasse, divulgar resultados, dentre tantas outras possibilidades que estas ferramentas tecnológicas nos permitem. Espero que gostem e aproveitem esta “informatização” da disciplina.